segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Por que gosto de Foucault?


Alguns autores nos apaixonam. Eles conseguem dizer o que a gente sente e pensa, de uma forma infinitamente mais bonita!
Segue um pequeno resumo de um capítulo do livro citado abaixo:


Larrosa afirma crer no poder das palavras, na sua força, na possibilidade de fazermos coisas com elas e de elas fazerem coisas conosco. Ele afirma que todo homem é palavra, que o homem é como palavra, que todo humano tem a ver com a palavra, dáse em palavra, está tecido de palavras...
Experiência é o que nos passa, nos acontece ou nos toca. Larrosa afirma que a experiência nos é cada vez mais rara! O primeiro motivo é que convivemos com o excesso de informação. Um segundo motivo para a ausência da experiência é o excesso de opinião. O sujeito obcecado pela informação, sem que ela verdadeiramente lhe toque, sente-se obrigado a opinar sobre tudo. Em terceiro lugar, ele fala da falta de tempo. A correria faz com que necessitemos correr, responder a tudo com velocidade, e, permanentemente excitados, tornamo-nos
incapazes do silêncio. A falta de silêncio e de memória são também inimigas mortais da experiência. Em quarto lugar, ele fala que a ausência da experiência se dá também pelo excesso de trabalho. Para Larrosa, é incapaz de experiência quem não se expõe, ainda que isso traga vulnerabilidade e risco. E afirma que se a experiência é o que nos acontece e se o sujeito da experiência é um território de passagem, então a experiência é uma paixão.



LARROSA, Jorge. Linguagem e educação depois de Babel. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. Resumo de capítulo.


Não é maravilhoso o que ele diz?

Mas o blog é sobre Foucault, voltemos a ele!
Imagem: nemtudooquesobe.blogspot...

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